HISTÓRIA DA COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE PEDRINHAS PAULISTA.
  Para conhecer a história da Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulista deve voltar ao início de Pedrinhas, na implantação da colonização agrícola que começou em 1952, através da Companhia Brasileira de Colonização e Imigração Italiana, que implementou toda a técnica disponível na época para o sucesso do projeto.
  
A Companhia adquiriu uma grande área às margens paulistas do Rio Paranapanema e a dividiu em pequenos lotes, entregando-os a cada colono italiano
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   Para a Companhia, coube à tarefa fundamental de orientar, fiscalizar e incentivar o imigrante italiano para que obtivesse sucesso em sua missão na produção de alimentos e produtos agrícolas para o consumo interno e exportação. Para isso implantou um sistema de apoio e estrutura para a sobrevivência do colono através de fornecimento de máquinas,  
   implementos e bens de capital necessários à produção.
  
   Quando, devido à política governamental, a cultura do algodão tendia a ser substituída, a Companhia incentivou, em 1954, a fundação da Cooperativa Agrícola Mista de Pedrinhas, conhecida hoje como CAP.
  
   No início a finalidade da Cooperativa era funcionar como uma abastecedora dos colonos, sendo um local de consumo, onde eram vendidos gêneros alimentícios. Ainda não era cogitado o interesse daquela entidade em ser transformada em um órgão puramente cooperativista.
  
   Em 1970, com o advento da cultura de soja e do trigo, duas lavouras completamente mecanizadas, a mentalidade foi mudada, da mesma forma que os rumos da Cooperativa de Pedrinhas e de sua diretoria. Com uma nova diretoria empossada, iniciaram-se então os trabalhos da então remodelada Cooperativa. Em 1971 o italiano Alfredo Di Nallo ocupou pela primeira vez a presidência da Cooperativa, assumindo uma grande responsabilidade na época da transição das culturas do algodão para as de soja e trigo, visto que estas últimas necessitavam, além de técnicas avançadas, mecanização e suporte de armazenamento para o seu desenvolvimento.
  
  
Alfredo Di Nallo foi presidente por 17 anos e fez da CAP parte de sua vida, dedicando especial atenção e um trabalho árduo para que pudesse levar a instituição ao crescimento desejado por todos. Seu trabalho à frente da CAP só foi interrompido em decorrência de sua morte, no dia 21 de setembro de 1988.
  A primeira aquisição como CAP foi um descaroçador de algodão. No início a Cooperativa contava com 94 associados, que eram beneficiados com algumas vantagens, entre elas a distribuição, beneficiamento e secagem do produto. Além de toda essa assistência, competia à CAP vender a mercadoria pelo diário das cotações no mercado internacional. Quando a região decidiu pela exploração da soja e trigo, a Cap já estava preparada, pois já havia adquirido máquinas e implementos agrícolas usados no plantio das novas e revolucionárias lavouras.
  
  Em 1973 foi construído o primeiro graneleiro, com capacidade para 12 mil toneladas de estocagem. Esse mesmo graneleiro foi ampliado para 20 mil toneladas em 1984, dando à CAP maior volume de armazenamento para a soja e trigo.
  
   Em agosto de 1994, após a ocorrência de geadas muito fortes na região, que afetaram drasticamente a produção da safra de milho, e com sérias dificuldades na condução dos seus negócios, a Cooperativa estava com sua situação econômica e financeira desequilibrada. Após a renúncia de todos os membros do Conselho de Administração, realizou-se a Assembléia Geral Extraordinária em 21 de agosto de 1994, onde foram eleitos os senhores Franco Di Nallo, Bruno Bianco, Giovanni Di Raimo, Nicola Lecce e Andréa Vicentini, para realizar um trabalho de reestruturação e equilibrar a situação, foram obrigados a tomar medidas drásticas, como a dação de pagamento de dívidas, quando vários imóveis da sociedade, inclusive o entreposto de Assis. Com a colaboração e confiança de todos os associados, o objetivo foi alcançado.
  
  A CAP conta, atualmente, com 728 produtores rurais em seu quadro de associados e com um efetivo de 180 funcionários. Na época de safra são contratados cerca de 80 funcionários a mais para atender a grande demanda, provando a iniciativa social da Cooperativa em gerar empregos no município.
  
   Hoje a capacidade de armazenagem de cereais é para 137.400 toneladas, dotada de sistema de aeração e termometria informatizada que administra a conservação dos produtos, conseguindo desta forma a boa qualidade dos mesmos.
  Na área de fornecimento de insumos agrícolas, a Cooperativa oferece aos associados os produtos necessários desde o plantio até a colheita, sempre com recomendação técnica de Engenheiros Agrônomos, sendo que a semente e fertilizantes são controlados por um rígido controle de qualidade, tem armazéns com capacidade para 20.000 toneladas de produtos embalados.
   A Loja de Peças é responsável em atender a necessidade de peças de reposição para a manutenção de todas as máquinas e implementos agrícolas. No setor de Pecuária, a Loja de Veterinária fornece os medicamentos e a Fábrica de Ração produz a ração Nutricap, que atende a todas as atividades: bovina, suína ou criação de frangos.O Supermercado CAP atende as necessidades de itens de uso doméstico .
  Para contribuir com os produtores rurais, a CAP mantém ainda, abastecedor d'água e caminhão equipado com guindaste, mantém convênio médico que permite a utilização com desconto de diversos profissionais, clínicas e hospitais na região, construiu um barracão para coleta de embalagens vazias agrotóxicas.
  Na assistência técnica a equipe é formada por cinco Engenheiros Agrônomos e um Técnico em agropecuária que atuam juntamente com os produtores, buscando sempre maior produtividade e conscientização quanto aos cuidados com o solo.
  Assim é a CAP de hoje, moderna em pensamento, imponente em tamanho e seguro em termos de apoio para a existência de uma agricultura rica e forte, fazendo do Brasil um país viável e sempre com a certeza de que o progresso de hoje é apenas a porta que se abre para suportar o crescimento de amanhã. Tudo é meticulosamente calculado. Todo o investimento é traçado a dedo para que o dinheiro do associado possa ser empregado de forma a trazer benefícios diretos à classe produtora, sempre com o sentimento e a certeza de não se cometer loucuras, mas andando lado a lado com a realidade e com a maturidade de pensamentos. Preconiza a sustentabilidade da agricultura de forma agroecológica, preservando os recursos naturais, utilizando as boas praticas agrícola sendo passada na forma continuada nas tomadas de decisão dos produtores.