Clima seco e alto risco de incêndios em áreas agrícolas preocupam a Diretoria da CAP

Nos últimos meses a região tem registrado um grande número de incêndios em áreas agrícolas, que são consumidas pelas chamas

10/7/2025

O clima seco e a ocorrência de incêndios em áreas rurais têm despertado grande preocupação entre produtores da região. O presidente da Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulista, Franco Di Nallo, tem acompanhado de perto a situação e manifestado apreensão quanto aos riscos que as queimadas representam para agricultores, comunidades e para o meio ambiente.

De acordo com ele, os focos de incêndio surgem de diferentes formas, desde acidentes até ações criminosas. Ele cita que fagulhas de máquinas agrícolas, bitucas de cigarro jogadas nas estradas ou até a prática criminosa de provocar fogo para desviar a atenção das autoridades podem estar entre as causas. “É uma coisa que ninguém segura. Depois que o fogo começa, dificilmente se consegue conter. Os prejuízos são enormes, para o solo, para a fauna, para os agricultores e até para as casas próximas”, afirmou.

O presidente destacou ainda a gravidade dos incêndios que avançam sobre lavouras e áreas de palhada de milho. Para ele, assistir a uma plantação em chamas é uma experiência dolorosa para qualquer produtor. “Dá desespero de ver. O agricultor não sabe até onde o fogo vai chegar, e além da perda material, existe o risco às famílias que vivem no campo”, disse. Casos recentes na região, segundo ele, chegaram a colocar em perigo residências rurais, com relatos de casas atingidas parcialmente pelas chamas.

Na Cooperativa, medidas preventivas foram adotadas. Franco Di Nallo explicou que a CAP conta com uma brigada de incêndio própria, treinada para atuar em situações de emergência dentro da empresa. O sistema inclui equipamentos, mangueiras e hidrantes instalados com orientação do Corpo de Bombeiros, que passam por manutenção constante. “A brigada é interna, preparada para agir em situações que possam ocorrer dentro da Cooperativa. A cada três ou quatro dias, os equipamentos são testados para garantir que tudo esteja em pleno funcionamento”, destacou.

Mesmo com a estrutura preventiva, Di Nallo reconhece que o risco permanece elevado em períodos de estiagem. “Quando pega fogo, é difícil. Temos seguro das mercadorias armazenadas, mas isso não elimina a preocupação. O fogo pode se alastrar rapidamente e causar perdas irreparáveis”, declarou.

O presidente reforçou o apelo por atenção redobrada de todos, desde colaboradores até motoristas que circulam pelas estradas. Segundo ele, atitudes simples, como evitar jogar cigarros em áreas secas, já representam um grande passo para prevenir desastres. Também destacou a importância da atuação conjunta entre produtores, cooperativas, autoridades municipais e órgãos de segurança para enfrentar o problema.