Resultados expressivos nas primeiras colheitas renovam o ânimo do campo

Foto: Presidente Franco Di Nallo

Apesar das dificuldades enfrentadas por agricultores em algumas lavouras da área de atuação da Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulista, as primeiras colheitas da Segunda Safra 2025 têm nos deixado animados e, em muitos casos, até surpresos. Ao avaliar os números parciais do recebimento de grãos e o desempenho das lavouras em áreas onde o clima colaborou, vemos sinais muito positivos para este ciclo.

Uma característica particular dessa colheita chama a atenção: ela será mais longa do que o habitual. Normalmente, dura cerca de 40 dias, mas desta vez deve se estender por até 90 dias. Isso porque, na época do plantio, faltou chuva em muitas áreas e o milho só foi plantado bem depois do ideal. Essa irregularidade no calendário vai resultar em uma colheita dilatada, com ritmos diferentes de maturação em várias lavouras da região.

Mesmo com esse atraso, os primeiros resultados estão sendo bastante positivos. Temos ouvido relatos de produtividade de até 350 sacas de milho por alqueire em áreas onde as condições climáticas foram mais favoráveis. São colheitas realmente surpreendentes. Isso mostra que, apesar dos sustos com seca e geada, há muito o que comemorar nesta safra.

Os dados de recebimento na CAP reforçam esse otimismo. Até o dia 28 de julho, já havíamos recebido 338.442 sacas de milho. Se continuarmos nesse ritmo, acredito que vamos ultrapassar 1,7 milhão de sacas até o fim da colheita ou até mesmo chegar a 2 milhões de sacas. Será um volume muito bom, considerando todos os desafios que enfrentamos neste ciclo.

Além do volume, a qualidade do milho que estamos recebendo também merece destaque. O grão está entrando com ótima qualidade. A pequena geada de semanas atrás não trouxe prejuízos e não causou danos significativos, porque boa parte do milho já estava em ponto de escape. E ainda tivemos a sorte de receber uma chuva nesta semana, que foi muito bem-vinda para o milho ainda em fase de enchimento de grãos.

Claro que nem todos os produtores terão colheitas expressivas. Infelizmente, alguns não conseguirão atingir nem 200 sacas por alqueire. Tem lugares que produzem melhor e outros que enfrentam mais dificuldades. Outros, sequer conseguiram plantar sua lavoura por ficarem esperando as chuvas que, simplesmente, não vieram.

Mas a agricultura é assim mesmo. É um setor movido pela emoção, e cada ano é um novo desafio. Mesmo assim, este ano está surpreendendo positivamente em muitos casos, o que nos enche de esperança. A nossa expectativa é que o restante da colheita mantenha o bom desempenho que já estamos observando nas primeiras semanas. O planejamento da CAP, somado ao esforço incansável dos nossos produtores, reforça a confiança de que, mesmo em um ano desafiador, o campo segue forte, produtivo e, acima de tudo, resiliente.

Franco Di Nallo

Presidente